Um novo West Ham sem Rice, mas com Álvarez e Ward-Prowse
O atual campeão da Conference League poderia estar agora reclamando que perdeu no final da temporada 2021/2022 e na final da 2022/2023 duas grandes forças do elenco e duas lideranças dentro do campo e no vestiário. Ambos, Mark Noble e Declan Rice, saíram do clube no espaço de um ano e, aparentemente, sem deixarem grandes estragos para David Moyes e para o West Ham.
Algumas teorias pouco afeitas ao entendimento dos processos podem tentar indicar que levantar uma taça após 43 anos fez apagar qualquer tipo de problema e que agora o alívio vai fazer o time render sempre bem, mas, na prática, o que se vê em campo é ou deveria ser reflexo do que faz no treinamento e o que tem sido visto nos Hammers tem chamado a atenção.
Não é que Moyes, o técnico, esteja operando um milagre ou revolucionando o futebol mundial, mas é muito claro, até pelas características diferentes dos adversários, que ele tem explorado muito bem os pontos fortes de seu novo West Ham e as vulnerabilidades de seus oponentes. Observe o quadro abaixo e veja que os Irons não faz muita questão de ter a bola, mas se comportou bem e venceu quando tentou propor a partir da posse contra o Luton Town.
Ter sido campeão da Conference pode ter trazido, além da taça e da vaga na Europa League, também o ensinamento que o elenco vai ser novamente muito exigido com o calendário local e o europeu sugando todas as forças. Não é fácil para ninguém, e o flerte com a zona de rebaixamento da temporada passada na Premier League não pode ser esquecido e visto novamente na atual. A direção do clube foi cobrada e entendo que vai precisar se mexer ainda mais na próxima janela, mas não dá para reclamar do que o inglês James Ward-Prowse e o mexicano Edson Alvarez têm apresentado.
Alvarez, volante de 25 anos, chegou do Ajax, da Holanda, de forma discreta e com a responsabilidade de jogar no setor que fora de Noble e Rice, mas seus primeiros passos mostram muita sobriedade, entrega e eficiência. Ele tem protegido bem a defesa e se mostrado atento para fechar bem o lado esquerdo.
Outro contratado carrega longa história na Premier League. Foram 410 jogos pelo Southampton e mais 11 convocações para defender a seleção da Inglaterra. Ward-Prowse, meio-campista de 28 anos, é o típico jogador que oferece ao seu clube três pontos a cada rodada. Seja em uma cobrança de falta, escanteio ou pênaltis. O novo camisa 7 tem experiência de sobra na liga nacional, é visto, reconhecido e respeitado pela carreira no clube de infância e chegou com grande impacto nos resultados do West Ham.
É óbvio que falta muita coisa, o campeonato teve só quatro rodadas de um total de 38. No entanto, o que foi possível observar em campo é que o time se mostra muito comprometido com a causa e com o trabalho. Os novos jogadores, que poderiam pedir um tempo maior para adaptação, têm agregado bastante e não parece ser um equívoco acreditar que Kudus também venha a jogar o que jogou no Ajax e joga na seleção de Gana.
O torcedor vai sempre se lembrar com carinho das ações de Noble (que aposentou-se em maio de 2022 aos 35 anos e com 550 partidas pelo clube) e Rice (de 24 anos e que tranferiu-se para o Arsenal na última janela) em campo e talvez eles tenham ajudado muito a pavimentar o bom caminho para quem conquistou 10 pontos em 12 possíveis até aqui no Inglês.
Um novo West Ham sem Rice, mas com Álvarez e Ward-Prowse
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